segunda-feira, 9 de maio de 2011

Estresse no Trabalho

              A queixa principal no consultório é a correria no trabalho com o acúmulo de tarefas exercidas e a falta de tempo, com " as cobranças" dos superiores e do pessoal em casa. Essa situação vai ficando pior até que os sintomas de Ansiedade começam a aparecer, e o indivíduo não consegue mais dormir direito, se alimenta mal, quando se alimenta,  tem crises de irritação, sem tolerância, não consegue focar em uma tarefa de cada vez, com discurso sempre agitado, não respira para falar, ou seja,  o corpo vive em estado de alerta, no modus operandi ansioso.
               Esse indivíduo procura ajuda quando o corpo já não aguenta mais tanta agitação, e tem casos que o Psicólogo precisa encaminhar para o Psiquiatra para tomar uma medicação, concomitante a terapia, como suporte, para dar um alívio a dinâmica ansiosa.
             Na terapia, em algumas sessões o terapeuta vai percebendo que esses indivíduos possuem uma personalidade propensa a Ansiedade, e a queixa principal que era o trabalho fica em segundo plano na verdade, o que ocorre é que as cobranças, na maioria das vezes, são internas, ou seja, do próprio indivíduo, que acaba se apropriando de tarefas que não são suas, não são da sua responsabilidade, esses indivíduos têm características bem peculiares, normalmente são pessoas perfeccionistas, que acreditam que apenas elas sabem fazer, não conseguem delegar, e não toleram o tempo do outro, que claro é diferente do tempo dele (a), inconscientemente, controlam tudo e todos, sofrem muito porque exercem vários pápeis, se apropriam de papéis que não são seus, e isso acaba gerando problemas no trabalho, e em todas as relações interpessoais, principalmente na vida afetiva. 
      Tem indivíduos que mesmo no lazer estão sempre "pilhados", acumulam um excesso de programas e compromissos, consequentemente, não descansam, porque estão acostumados com o modus operandi  e quem está acompanhando sofre as influências desse comportamento agitado.
      Com a terapia o indivíduo vai percebendo sob "um novo olhar", que apenas não consegue deixar de controlar e não está deixando as pessoas fazerem sua parte, essa fase é a mais difícil porque implica uma percepção que Eu na verdade sou responsável e não "os outros". Por um lado é extremamente dolorido e com bastante resistência perceber essa realidade interna, implica em uma renúncia onipotente e uma responsabilidade do indivíduo não mais dos "outros", mas por outro lado, apartir do momento  que o indivíduo se responsabiliza e se percebe o poder está "nele" em mudar seu comportamento e suas atitudes.    

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