quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Cuidado: Pode ter um Psicopata ao seu lado!

Personalidade Antissocial

     Estima-se que aproximadamente 3% dos homens (bastante heim!) e 1 em cada 100 mulheres tenham personalidade antissocial. Como pode-se perceber é mais freqüente nos homens esse gene para a psicopatia, mas não é excludente em nós mulheres. 
      Personalidade antissocial e personalidade psicopata são sinônimos, e por mais que não se enquadrem na clássica psicopatia como assassinos cruéis ou serial killers, existem indivíduos com personalidade antissocial que podem não matar ou serem violentos, mas se enquadram em outro subtipo, tão perverso quanto o subtipo propenso a matar, e são deles que irei comentar.   
     Existe um subtipo de indivíduos com personalidade antissocial que devemos tomar cuidado, porque podem se misturar com indivíduos comuns e se relacionarem e ter um estilo de vida bastante razoável, nada parecido com os dos filmes de suspense, são indivíduos que se relacionam normalmente, e é essa a dificuldade maior em caracterizá-los como psicopatas, no entanto, essas pessoas causam muito sofrimento nos ambientes interpessoais, porque aparentemente, são sedutores, sabem envolver e se relacionar.
Esses indivíduos possuem um sistema neurológico diferente do padrão, não entrarei na questão neurológica, mas apenas é importante que saibam porque é um desvio de personalidade grave com um quadro genético, ou seja, é imutável, não tem cura, portanto, mulheres não dá para mudar o psicopata viu?!
Mas brincadeiras à parte, esses indivíduos tem características bem peculiares e é importante que possamos distinguí-las, assim evitamos sofrimentos...
    São indivíduos como disse acima, extremamente sedutores, aparentemente demonstram uma total solidariedade, mas se utilizam dessa técnica para ganhar a atenção e conquistar, são maldosos, mas não aparentam, e se camuflam numa persona "do bem", bastante perspicaz percebem como podem conquistar, aonde existe a fragilidade e carência, e assim começam a envolver a pessoa, são narcísistas, frios e não sentem culpa, de jeito nenhum, alías culpa é um sentimento que não existe para eles, e esse é o maior problema, como são sedutores, fingem bem, e uma das personas que vestem é no primeiro momento do sedutor, e depois da vitíma, se fazem algo é friamente pensado no seu próprio bem, e podem até pedir desculpas e se sentirem culpados, mas é puro fingimento, apenas para manter a presa, e com isso ter o que necessitam.
  Indivíduos de personalidade antissocial no primeiro momento são pessoas comuns e extremamente sedutoras, por isso, quando estamos envolvidos não percebemos, mas não conseguem segurar por muito tempo uma persona, são pessoas que magoam demais o outro, fazem crueldades emocionais e ainda responsabilizam o parceiro e as pessoas ao redor, costumo dizer que são vampiros, se alimentam da nossa vitalidade, sugam as energias e quando percebem que conseguiram o que queriam desaparecem ou dão um jeito de desaparecer, claro cuidam para que o outro se responsabilize dessa atitude.
    Portanto, é importante termos o cuidado e o distanciamento necessário para não nos envolvermos rápido demais nos relacionamentos, em qualquer relacionamento, não apenas amoroso, mas no trabalho, nas amizades, um psicopata pode ser nosso chefe, nosso amigo, ou nosso grande amor... 
Quando estamos mais suscetíveis, mais carentes não percebemos os sinais, por isso é preciso cautela, afinal não sabemos quem é essa pessoa que acabou de entrar na nossa vida, quem vê cara não vê psicopata!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Por que temos medo?

        O medo é um mecanismo inato e primitivo que tem como função a proteção, ou seja, nos avisarmos de algum perigo que o organismo esteja correndo, e para isso, há um estado de preparo fisiológico em todo o corpo: no cérebro é disparado uma descarga intensa de adrenalina, e apartir daí, essa injeção de adrenalina entra na corrente sangüínea e o processo se inicia no organismo com reações fortes de suor, taquicardia, os músculos se contraem, a respiração se torna mais rápida, e a mente mais ágil, e em segundos o indivíduo entra em ação para se proteger, correndo ou lutando. Essa é a reação do medo no organismo, e existe para nos proteger.
No entanto, no medo real essa função é essencial, mas, atualmente temos um "medo imaginário", ou seja, produzido pela nossa mente, sentimentos de medo, que no corpo produzem a mesma sensação física do medo real sem existir o perigo, esses sentimentos e essas reações em nosso corpo são conhecidos como transtornos de ansiedade. As sensações são as mesmas que nos ataques do pânico, medo intenso, súbito e anormal, taquicardia, sudorese, formigamentos, calafrios, boca seca entre outros; a diferença fundamental  é que quando temos um perigo real a nossa consciência sabe o porquê de reagirmos dessa maneira ao contrário do pânico, não sabemos identificar qual a ameaça.
    É comum reagirmos de forma exacerbada em nossa rotina do cotidiano, essas reações aceleram o processo de doenças devido ao fato de estarmos frequentemente em "estado de alerta", ou seja, um estado ansioso, hormônios como o cortisol e a adrenalina são liberados o tempo todo, provocando doenças físicas e mentais: como enxaquecas, fobias, pânico, alergias, compulsões, diabetes, pressão alta e etc.
 O estado ansioso propicia manifestações de uma ansiedade intensa ocasionando transtornos de pânico ou mesmo uma crise de ataque de pânico. Segundo Estudos recentes sobre ansiedade, estima-se que um indivíduo ao longo de sua vida terá ou já teve uma súbita crise de ataque de pânico, essa estimativa é uma realidade atual que atesta como estamos vivendo.
 Existem pessoas que tem uma certa tendência a desencadear o transtorno de pânico ou de ansiedade, são indivíduos que possuem uma personalidade ansiosa, ou seja, características de uma certa apreensão e inquietação, juntamente com essas características, algumas situações do cotidiano como trabalho, hábitos alimentares e vícios.
 É importante ressaltar que o uso ou abuso de drogas pode desencadear os ataques de pânico, drogas como ecstasy, anfetaminas, cocaína, álcool, maconha, remédios para redução de apetite etc; em períodos de abstinência ou no auge da intoxicação pode propiciar os ataques de pânico, até mesmo cafeína e nicotina.
     Por vezes pensamos que não nos sobra tempo, como consequência disso, estamos vivendo sem observarmos nossos limites, sem respeitar nosso corpo e mente, e as doenças sinalizam essa realidade, e os transtornos de ansiedade e pânico indicam que está na hora de procurar desacelerar.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A geração do MAIS...

              Estamos numa fase do TUDO PARA ONTEM, nossos desejos são imediatos, afinal não podemos esperar... perder tempo, mas o tempo é relativo, e mesmo assim não podemos perdê-lo... Temos que ter um trabalho sensacional, sermos pessoas super bacanas, nos conectarmos o tempo todo, sermos excelentes na família, a mulher precisa casar, ter filhos, um trabalho, ter uma aparência digna de princesa, conseguir conciliar, amigos, família e ser bem-sucedida, tantas cobranças, internas e externas, que fica a pergunta: Estamos felizes realmente? estamos depositando a nossa felicidade e bem-estar físico e mental em coisas efêmeras, superficiais, ou realmente isso tudo faz a diferença? percebo que estamos a cada dia mais ansiosos e com mais doenças psicossomáticas, porque não conseguimos ser tudo, apenas um pouco, lidar com a frustração de não conseguirmos é penoso, e na maioria das vezes, lida-se com essa dor dando importância ao que pode TER naquele momento, com isso desviamos nossas necessidades e interesses. 
       É importante percebermos que estamos acumulando vícios modernos, com essa síndrome do ter, vícios como o celular a internet e redes sociais, necessitamos estar sempre disponíveis, informados e conectados o tempo todo, esses vícios define-se como nomofobia (termo utilizado para designar dependentes de qualquer tecnologia), e acarreta aos indíviduos estresse e falta de concentração em outras atividades.
      Antigamente as pessoas viajavam e estavam tão presentes tão preocupadas em aproveitar o local, ou mesmo em uma vivência qualquer,e hoje, estamos conseguindo fazer isso? ou estamos dando importância ao superficial, ao futuro, e esquecendo o presente?
      Essa necessidade nos afasta do verdadeiro, do que realmente pode nos proporcionar felicidade, e ainda permite que depositemos uma parte da nossa realização e conquistas no futuro, postergando sempre a nossa felicidade no presente.
      Esse é o atual "mal estar da nossa civilização" uma sociedade desejante o tempo todo, só que nos esquecemos que quando um desejo é satisfeito, não se sente tanto prazer naquilo, (fica aqui a dica) em parte isso é da natureza humana... uma eterna insatisfação...
    Mas é possível conquistarmos nossa tão sonhada felicidade, desde que a perseguirmos com bases sólidas, e não depositando apenas em outras pessoas ou na tão sonhada bolsa da channel (nada contra querer e conseguir), ou o último modelo daquela marca de carros famosa.            
    

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Estresse no Trabalho

              A queixa principal no consultório é a correria no trabalho com o acúmulo de tarefas exercidas e a falta de tempo, com " as cobranças" dos superiores e do pessoal em casa. Essa situação vai ficando pior até que os sintomas de Ansiedade começam a aparecer, e o indivíduo não consegue mais dormir direito, se alimenta mal, quando se alimenta,  tem crises de irritação, sem tolerância, não consegue focar em uma tarefa de cada vez, com discurso sempre agitado, não respira para falar, ou seja,  o corpo vive em estado de alerta, no modus operandi ansioso.
               Esse indivíduo procura ajuda quando o corpo já não aguenta mais tanta agitação, e tem casos que o Psicólogo precisa encaminhar para o Psiquiatra para tomar uma medicação, concomitante a terapia, como suporte, para dar um alívio a dinâmica ansiosa.
             Na terapia, em algumas sessões o terapeuta vai percebendo que esses indivíduos possuem uma personalidade propensa a Ansiedade, e a queixa principal que era o trabalho fica em segundo plano na verdade, o que ocorre é que as cobranças, na maioria das vezes, são internas, ou seja, do próprio indivíduo, que acaba se apropriando de tarefas que não são suas, não são da sua responsabilidade, esses indivíduos têm características bem peculiares, normalmente são pessoas perfeccionistas, que acreditam que apenas elas sabem fazer, não conseguem delegar, e não toleram o tempo do outro, que claro é diferente do tempo dele (a), inconscientemente, controlam tudo e todos, sofrem muito porque exercem vários pápeis, se apropriam de papéis que não são seus, e isso acaba gerando problemas no trabalho, e em todas as relações interpessoais, principalmente na vida afetiva. 
      Tem indivíduos que mesmo no lazer estão sempre "pilhados", acumulam um excesso de programas e compromissos, consequentemente, não descansam, porque estão acostumados com o modus operandi  e quem está acompanhando sofre as influências desse comportamento agitado.
      Com a terapia o indivíduo vai percebendo sob "um novo olhar", que apenas não consegue deixar de controlar e não está deixando as pessoas fazerem sua parte, essa fase é a mais difícil porque implica uma percepção que Eu na verdade sou responsável e não "os outros". Por um lado é extremamente dolorido e com bastante resistência perceber essa realidade interna, implica em uma renúncia onipotente e uma responsabilidade do indivíduo não mais dos "outros", mas por outro lado, apartir do momento  que o indivíduo se responsabiliza e se percebe o poder está "nele" em mudar seu comportamento e suas atitudes.    

sábado, 30 de abril de 2011

Orientação Sexual e o papel da Família e Escola.

            Atualmente as crianças e adolescentes tem contato com  estímulos da sexualidade de adultos na "linguagem sexual" e "sensual" bem mais precoces, devido à exposições da mídia, na escola ou até mesmo dentro do ambiente doméstico. Não podemos confundir a curiosidade sexual das crianças com brincadeiras de  "médico" entre meninos e meninas, com a "linguagem sexual" que elas estão expostas.  Essas brincadeiras são saudáveis e fazem parte do desenvolvimento infantil, ao contrário da super valorização da sexualidade na mídia. 
         Tenho notado que crianças, particularmente, as meninas, ficam erotizadas mais precocemente, vejo no consultório, algumas chegam com maquiagem, salto alto, como se fossem adolescentes ou  já adultas, e minha orientação para os pais é:  não estimular esse comportamento. A tendência é achar "bonitinho" e estimular a criança a continuar se comportando dessa forma, as mãe se espelham em suas filhas e os pais ficam orgulhosos, do menino já ter namoradas e ser o "pegador".  
          É comum vermos nos notíciários e mesmo nas escolas pré-adolescentes já terem relações sexuais, e dessas aventuras de namoro uma gravidez indesejada, com risco de vida, e um enorme sofrimento para os pais e a adolescente. Coloco a questão: o ambiente familiar está atuando de maneira satisfatória para conter esse problema? não podemos colocar a responsabilidade nos meios de comunicação, essa é uma realidade atual,  e o papel da Escola ? acredito que ambos tem responsabilidades, e esse vínculo deve ser estreito, a escola é formadora de opinião, por ser um ambiente social, portanto, tem o papel de orientar os jovens e os pais. Já a família tem sua responsabilidade no quesito valores e integridade física e emocional das crianças e adolescentes.  No entanto, ambos ficam com o jogo de "empurra-empurra", ou seja, a família delega a escola a responsabilidade de socialização e orientação e a escola devolve essa responsabilidade aos pais, e o que estamos percebendo é que a realidade está ai, e nada melhor do que enfrentarmos. 
      Quando a escola perceber que é importante o papel de um psicólogo ou orientador para oferecer os serviços de orientação sexual para os pais e alunos essa realidade tende a mudar, mas por enquanto, ficamos presos ao consultório e a queixa dos pais e coordenadores escolares.  

terça-feira, 19 de abril de 2011

Quando Adoecemos...

         Nossos pensamentos e condições emocionais desarmônicas modulam o fluxo de energia do nosso corpo, nos deixando vulneravéis a invasões de vírus e bactérias, ou mesmo, originando doenças. Atualmente tem se comentado muito sobre a Psicossomática, ou seja, a somatização de estados emocionais, da mente geram doenças no corpo. Os médicos tem percebido que existem doenças que são desencadeadas por processos emocionais intensos, e consequentemente, procuram cuidar do corpo, e encaminham para psicoterapia.
        Doenças dermatológicas, são muito frequentes, doenças digestivas como gastrite, doenças respiratórias como asma, dentre outras... Mágoas retidas, sentimentos de irritabilidade, sintomas de ansiedade, nervosismo, todas essas reações emocionais causam uma baixa no sistema imunológico do indivíduo propiciando doenças. A saúde emocional representa ao indivíduo atuar de maneira tranquila no emprego das suas habilidades para lidar com as diversas áreas da sua vida, nos relacionamentos interpessoais no geral, quando se deparam com dificuldades e não conseguem administrar, com suas habilidades e aptidões, gera-se um conflito consciente ou inconsciente, esses conflitos se agravam em forma de doenças no corpo. 
       O organismo é sábio, porque enquanto está na psique, não está doendo no corpo, apartir do momento que começa a sentir no corpo as pessoas procuram ajuda profissional, então é a maneira que o organismo encontrou de sinalizar ao indivíduo que precisa se cuidar porque algo não vai bem. 

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Cisne Negro

              O filme que mais me marcou esse ano foi Cisne Negro, conversei com alguns amigos da área, e foi unânime o impacto em relação ao filme e alguns questionamentos que nos renderam longos "insights".
              Não vou narrar o filme, mas para quem não viu, aborda o tema do balé, e a protagonista, que é encenada brilhantemente pela atriz Natalie Portman, é uma bailarina que se vê diante da chance de interpretar o papel principal em uma montagem de “O Lago dos Cisnes,”portanto, teria que interpretar simultaneamente o cisne branco (símbolo da pureza e ingenuidade) e o cisne negro (metáfora para a malícia, sensualidade e maldade).
            A personagem principal vivia pela dança, com uma aparência bela mais frágil, demonstrava tímidez e insegurança, com uma mãe extremamente superprotetora, e com uma presença sempre marcante, era pressionada por si e por essa mãe controladora. Não restava dúvidas que essa pressão toda à limitava, dava vazão ao perfeccionismo, com atos de crueldade consigo mesmo, era levada a exaustão, se machucava,(cutting). Com o masoquismo, era a forma de ter prazer, uma libido sexual deslocada para a perfeição, sem espontaneidade. 
          Na busca pela perfeição e na tentativa de provar que conseguiria interpretar essas duas dualidades tão distintas, a personagem não distingue mais o que é sonho e realidade, e aos poucos sua vivência se sobrepõe ao enredo da peça, a qual ocorre uma metamorfose, física e mental, levando a experiências psicóticas com alucinações. 
          Quando estamos muito focados na perfeição, não conseguimos enxergar o outro e o mundo ao nosso redor, perdemos a característica principal que nos faz sermos únicos: a espontaneidade.
         O Cisne branco é frágil, puro, sensível, perfeito, já o cisne negro, é ambíguo, espontâneo, sedutor, cruel...Essa polaridade do ser humano que hipnotiza, essas características equilíbradas que nos tornam únicos.        

terça-feira, 12 de abril de 2011

Bullying

              O bullying é a prática de ataques físicos e psicólogicos de forma violenta e intencional, normalmente por uma ou mais pessoas em alguém que não consegue se devender, quando ocorre na internet é chamado de ciberbullyng.
                O ciberbullying é bem difundido e pode ocorrer de maneira insidiosa quando feitas agressões psicológicas, ou seja, ataques verbais, com ofensas e calúnias.   As pessoas que sofrem esse tipo de preconceito começam a ter comportamentos de isolamento, tristeza, fobias, insônia, em crianças e adolescentes, quando ocorre nas escolas, tentam evitar a ida, com faltas, ficam doentes facilmente, já que somatizam essas agressões, os pais devem ficar atentos à esses tipos de comportamentos e devem intervir assegurando a integridade do filho (os). Esse diálogo deve ser aberto e de maneira tranquila para que o agredido não se sinta indefeso, os pais devem procurar juntamente com os filhos alternativas para resolverem essa situação, e juntamente com a escola, esta, precisa intervir com políticas de conscientização de alunos e pais, e normas rígidas para alunos agressores. 
              Esses agressores também sofrem são vitímas ou de uma dinâmica familiar comprometida ou de uma estrutura psicológica fragilizada, portanto, antes de punir, é importante abrir espaço para tentar ouvir e intervir com medidas sociais adequadas para que essa pessoa entenda o que está fazendo. 
           As pessoas agredidas se sentem fragilizadas física e emocionalmente, e muitos colegas que vêem esses agressores atacando as suas vitímas, na maioria das vezes se calam com medo se serem atacados também, portanto, é um poblema que se mantem se o indivíduo agredido não denunciar, com consequências graves para esse (s) indivíduo; desde dificuldades de se relacionar no ambiente familiar, escolar, trabalho, com agravante para a vida toda em sua auto-estima.
          Os agressores, ou seja, os Bullies, como são nomeados, tem um padrão de personalidade, normalmente são indivíduos, rígidos, com personalidade autoritária, com predominância ao controle, intolerantes, possuem crenças de perseguição, essas características agressivas desencadeiam um perfil agressivo, e há evidências que se o comportamento agressivo não é desafiado na infância, no ambiente familiar ou social não há o risco de se tornar habitual e se estender para o assédio à outros. 
      No entanto, tanto as vítimas quanto os agressores precisam de tratamento, e necessitam serem acolhidas e retiradas do ambiente "agressor".
      Uma prática muito comum que passa sem ser notada no ambiente familiar, com os pais, são os pequenos insultos direcionados "ao bem da criança", tais como: você faz tudo errado; não serve para nada; não entende o que eu falo; não sei o que será de você quando crescer!  Dentre vários, que os pais acreditam serem frases boas para incentivar, esses tipos de conduta também são caracterizados como bulling, e um ambiente assim, a probabilidade de se construir um agressor ou um indivíduo comprometido em sua auto-estima é bem maior, portanto, os pais devem ter muito cuidado com o que falam "sem querer".  
      Não podemos esquecer que atualmente os professores também podem cometer atos de bullying, não  quero entrar no aspecto social da profissão, mas deve se ter uma postura ética, em todas as áreas, principalmente quando lidamos com crianças e adolescentes.
      Enfim, o Bullying tem a carga de um crime contra a integridade física e moral do indíviduo e é configurado pelo código penal como ilícito e sujeito a penalidade, portanto, devemos tratá-lo como realmente é, e denunciar, e tomar medidas de conscientização na sociedade no geral, porque uma vez vitíma e uma vez agressor esse estigma é carregado a vida toda se não tiver um acompanhamento psicológico.

sábado, 9 de abril de 2011

O Massacre no Rio de Janeiro

                  
                      Me perguntaram qual o motivo para uma pessoa ter um ato tão cruel? tão monstruoso? esse questionameno é perfeitamente natural, temos a necessidade de entender as ações, as motivações, já que, nos movemos nessa realidade com objetivos, desejos e necessidades.
                    A pergunta é o que é normal e o que é loucura? todos temos desvios, uns um pouco mais, outros um pouco menos,  mas como agimos com esse limiar de loucura no ambiente e nos relacionamentos nos difere de cada um. Não entrando na questão política, de deveres e direitos nossos, mas sim no questionamento de entender esse ato de crueldade, o que se passava na cabeça desse indivíduo, não estou tentando justificá-lo, mas sim entender o que realmente aconteceu.
                 Quando um indivíduo sofre de uma patologia psiquíca, a dinâmica interpessoal no ambiente familiar e na sociedade fica comprometido, e suas funções cognitivas sofrem percepções diferentes, ou seja, na neurose, o indivíduo atua em sua realidade e apenas se limita a situações de recalque e resistências nos relacionamentos, já quando tem uma psicose, um distúrbio psicótico, o indivíduo nega sua realidade e ainda tenta substítuí-la e é nesse sentido que ocorre as percepções cruéis, esse indivíduo cria uma realidade que para ele faz sentido. Esse indivíduo se relacionava com a família, e no ambiente, mas é provável que ele não era "visto", uma pessoa invísivel, que não se relacionava realmente, que as pessoas olhavam para ele mas não o enxergavam devido ao fato de "viver em seu mundo", era visto como uma pessoa tímida, fechada, eu pergunto: se essa família e escola tivesse notado esse indivíduo, essa realidade teria acontecido? pode ser que sim, ou pode ser que teria ocorrido uma outra estória.
               Indivíduos com patologias de Psicose tem "uma facis" diferenciada, é um olhar no vazio, um olhar no estranho que a maioria dos profissionais de saúde percebem.
               Emfim, essa pessoa que cometeu esse crime hediondo, estava em sua realidade, em seu mundo, em seu delírio psicótico religioso e paranóico, infelizmente as pessoas o notaram quando aconteceu essa atrocidade.                           

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Continuando com os Tipos de Transtornos Alimentares

A Bulimia Nervosa

        Os Transtornos Alimentares tem como principal caractéristica "a ideação obssessiva, a qual o indivíduo se entrega para aliviar um desejo, uma "pulsão" libidinal, deslocada para um investimento que supostamente seja menos perigoso do que a energia da pulsão sexual (incoscientemente), no caso, o ato de comer compulsivamente ou a recusa em comer. Essa configuração de extremos: OU TUDO OU NADA, é marcada pela instabilidade e fragilidade na adolescência.
        A Bulimia ao contrário da anorexia nervosa pode ser confundida com apenas um descontrole eventual, no início, os indivíduos não perdem peso significativo e é menos frequente óbitos.
        A bulimia se caracteriza por episódios recorrentes de compulsão alimentar, descontrole intenso de ingestão de alimentos, numa proporção muito grande, e variada sem o menor crítério. Depois desses episódios o indivíduo se sente culpado e tem comportamentos compensatórios, tais como: jejuns, laxantes, atividades físicas excessivas e o mais recorrente dos comportamentos: vômitos.
      Esse transtorno para ser caracterizado bulimia deve ocorrerr no mínimo duas vezes na semana por pelo menos 3 meses.
      Todo transtorno é excludente, ou seja, quem tem anorexia não tem bulimia, apenas pode vir a fazer uso de vômitos ocasionalmente, e indivíduos bulímicos podem ser confundidos com anorexia por causa dos jejuns após a crise. 
       Pacientes com bulimia tem uma maior aderência ao tratamento de psicoterapia, podendo ser trabalhado a questão da compulsão, a culpa e os sentimentos de ansiedade relacionados a comida.
       Em todos os transtornos os indivíduos tem uma resistência natural, e o terapeuta precisa contar com esse fator para criar o vínculo inicial, essa resistência é tudo que esses indivíduos tem nesse momento, se for retirada como irá se posicionar  para enfrentar a sua vivência e dinâmica familiar e pessoal.  É esse o cuidado que temos que ter quando pensamos em tratamento.   
     

terça-feira, 5 de abril de 2011

Os Tipos de Transtornos Alimentares

        Os Distúrbios de imagem nos Transtornos Alimentares

       Os Distúrbios de imagem desencadeiam alterações psiquícas, corporais e comportamentais no indivíduo dentre essas alterações se classificam os tipos de transtornos alimentares.
      A Anorexia Nervosa é um entres os outros tipos de transtornos alimentares que leva à óbito, pelo fato da recusa do indivíduo em manter um peso corporal dentro ou acima do padrão minimamente saudável.
      A palavra anorexia derivado do grego que significa sem desejo, sem apetite. Essa retutância em se alimentar está relacionada a aspectos da libido sexual encobertos pela ausência do apetite, do desejo, é o conflito entre desejar e não ter, quando o indivíduo se recusa a se alimentar está no controle do seu corpo e dos seus desejos, é essa relutância obssessiva que dá prazer e mantem o comportamento.
     Os Subtipos da anorexia nervosa são: o tipo restritivo, que se caracteriza pela recusa clássica em se alimentar, e tem como característica além do jejum, o recurso da atividade física em excesso. O subtipo purgativo, o qual o indivíduo faz uso de medicamentos laxantes e purgativos.
      Além dos prejuízos na saúde os prejuízos cognitivos e psquícos no indivíduo são intensos e acabam por desencadear uma vivencia traumática para toda a família, que nesse caso, adoece junto com o paciente.
     O tratamento para esse tipo de transtorno é focado em uma equipe de profissionais juntamente com a família, no caso do paciente ser internado, isso ocorre com muita frequência, é necessário uma equipe de profissionais, tais como, psiquiatra, clínico geral, psicólogo, nutricionista e o apoio da família.
    A psicoterapia individual precisa ser focada no paciente e nos familiares, porque a tendência a recusa em se alimentar gera um desconforto nas relações interpessoais e consequentemente, o indivíduo se isola,  e deixa de executar suas atividades cotidianas. 
   A comida tem um papel de ligação entre as pessoas, de compartilhar, está relacionada ao afeto, ao prazer de interagir, como um ritual na sociedade, tem importância porque faz a ligação entre as relações interpessoais.
  Em suma a anorexia é um transtorno que precisa ser tratado com seriedade, atualmente existem publicações na internet incentivando a pratica e motivando os jovens.
  Por incrível que pareça a anorexia não acomete apenas as mulheres, os homens também estão suscetíveis, principalmente em ambientes como academia, que influenciam o culto ao corpo, esse culto propicia uma percepção errône da imagem corporal, consequentemente, o indivíduo começa a fazer jornadas longas ou treinos pesados com medicações proibidas para aumento de massa muscular, esse subtipo em homens se classifica como "vigorexia".  
   Os transtorno alimentares causam um prejuízo intenso ao indivíduo e em suas relações e deve ser tratado com seriedade e uma equipe de profissionais, como citei acima. Os indivíduos podem desencadear outros tipos de comorbidades, como, depressão, ansiedade, auto-mutilação, ideações e tentativas de suícidio e dependências químicas.   
   Ainda vou comentar sobre o outro tipo de transtorno: a bulimia nervosa, e seus sintomas.
        

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Origem dos Distúrbios da Imagem Corporal

  
       Alguns fatores contribuem para a origem dos distúrbios da imagem corporal entre eles estão os componentes perceptivos, fatores biólogicos, como patologias visuais e neuropatologias e componentes psíquicos. O componente perceptivo é a imagem mental do nosso corpo, ou seja, a representação mental, a figura que temos em nossa mente do tamanho e forma dos nossos corpos. Essa percepção aliada aos fatores psíquicos, tais como, sentimentos e emoções que envolvem o meio social se materializam na forma como os indivíduos se enxergam.        
      Eventos vitais podem propiciar distúrbios de imagem, tais eventos podem ser: menarca precoce, abuso sexual  e provocações, influências negativas na família e a história de vida do indivíduo, dentre outros citados acima.
     Os fatores sociais como padrão de beleza contribuem para a distorção da imagem corporal e consequentemente, para os transtornos alimentares.
     Felizmente as imagens corporais não são fixas ou estáticas, ou seja, podem mudar de acordo com os aspectos perceptivos e psíquicos do indivíduo. Por esse motivo, a Psicoterapia é um recurso fundamental que pode ser utilizado para modificar os padrões de percepção e do comportamento.      

Transtornos Alimentares

Distúrbios da Construção da Imagem Corporal

   Os Distúrbios da Imagem Corporal estão relativamente ligados aos Transtornos Alimentares devido ao fato de serem caracterizados como população de risco, ou seja, indivíduos propensos à desencadear o Transtorno; assim como, indivíduos que sofrem com obesidade, atletas e praticantes de atividades físicas, profissionais da indústria da beleza, nutricionistas e a maior parte da população que esteja descontente (descontentamento Normativo).
    A maneira como os indivíduos se vêem influencia o meio social e suas relações interpessoais, ser aceito é fundamental em nossa sociedade e o conceito de beleza nos atribui um padrão de excelência alto demais, que para alcançá-lo e serem aceitos os jovens e adultos utilizam de recursos sacrificantes e invasivos ao corpo, que na maioria das vezes se torna objeto de punição o tempo todo, porque não se classifica como "um corpo ideal" mas sim apenas um corpo que não satisfaz os padrões, e assim se instala os TRANSTORNOS ALIMENTARES. 
     Os Transtornos alimentares podem iniciar na adolescência, atualmente estão se iniciando bem mais cedo, existem casos com dados relativamente significativos de transtornos alimentares em crianças.
     Quanto mais negativa a percepção do jovem acerca do relacionamento familiar, mais comprometida sua percepção da imagem corporal. Por isso é importante um ambiente familiar em harmonia, para que os indivíduos amadureçam e se relacionem com o meio social tranquilamente.
    "Não é livre quem é escravo do corpo".