sábado, 30 de abril de 2011

Orientação Sexual e o papel da Família e Escola.

            Atualmente as crianças e adolescentes tem contato com  estímulos da sexualidade de adultos na "linguagem sexual" e "sensual" bem mais precoces, devido à exposições da mídia, na escola ou até mesmo dentro do ambiente doméstico. Não podemos confundir a curiosidade sexual das crianças com brincadeiras de  "médico" entre meninos e meninas, com a "linguagem sexual" que elas estão expostas.  Essas brincadeiras são saudáveis e fazem parte do desenvolvimento infantil, ao contrário da super valorização da sexualidade na mídia. 
         Tenho notado que crianças, particularmente, as meninas, ficam erotizadas mais precocemente, vejo no consultório, algumas chegam com maquiagem, salto alto, como se fossem adolescentes ou  já adultas, e minha orientação para os pais é:  não estimular esse comportamento. A tendência é achar "bonitinho" e estimular a criança a continuar se comportando dessa forma, as mãe se espelham em suas filhas e os pais ficam orgulhosos, do menino já ter namoradas e ser o "pegador".  
          É comum vermos nos notíciários e mesmo nas escolas pré-adolescentes já terem relações sexuais, e dessas aventuras de namoro uma gravidez indesejada, com risco de vida, e um enorme sofrimento para os pais e a adolescente. Coloco a questão: o ambiente familiar está atuando de maneira satisfatória para conter esse problema? não podemos colocar a responsabilidade nos meios de comunicação, essa é uma realidade atual,  e o papel da Escola ? acredito que ambos tem responsabilidades, e esse vínculo deve ser estreito, a escola é formadora de opinião, por ser um ambiente social, portanto, tem o papel de orientar os jovens e os pais. Já a família tem sua responsabilidade no quesito valores e integridade física e emocional das crianças e adolescentes.  No entanto, ambos ficam com o jogo de "empurra-empurra", ou seja, a família delega a escola a responsabilidade de socialização e orientação e a escola devolve essa responsabilidade aos pais, e o que estamos percebendo é que a realidade está ai, e nada melhor do que enfrentarmos. 
      Quando a escola perceber que é importante o papel de um psicólogo ou orientador para oferecer os serviços de orientação sexual para os pais e alunos essa realidade tende a mudar, mas por enquanto, ficamos presos ao consultório e a queixa dos pais e coordenadores escolares.  

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